SIM ! Marte teve vida á 3 bilhões de anos
Descobertas em crateras
O divulgador científico Sérgio Sacani, do canal Ciência Sem Fim, possivelmente fez referência à detecção de compostos orgânicos complexos na cratera Gale, em Marte — uma descoberta de grande relevância para a astrobiologia. Essa região, explorada pelo rover Curiosity, revelou evidências químicas que indicam a presença de moléculas baseadas em carbono preservadas em rochas sedimentares com cerca de 3,5 bilhões de anos, sugerindo que as condições ambientais do planeta no passado poderiam ter sido compatíveis com formas primitivas de vida.
Depósitos litorâneos e oceanos antigos
Outros estudos indicam a existência de antigos depósitos litorâneos, sugerindo que Marte teve um oceano estável por milhões de anos, o que aumentaria ainda mais o potencial de vida no planeta vermelho.
Pesquisas sobre o clima marciano
Pesquisas recentes também apontam que o planeta já teve um clima mais quente e úmido, com ciclos de chuva e escoamento de água, semelhantes aos da Terra antiga.
A busca por vida continua
Missões como o Perseverance e o ExoMars seguem em busca de sinais biológicos diretos. Mesmo que a vida não exista mais, encontrar fósseis microbianos seria uma das maiores descobertas da história.
A Teoria do Grande Filtro e o Paradoxo de Fermi
Essas descobertas em Marte se conectam com a Teoria do Grande Filtro, proposta como uma resposta ao Paradoxo de Fermi — a contradição entre a alta probabilidade de vida no universo e a ausência de sinais de civilizações avançadas.
A teoria propõe que existe uma barreira quase intransponível em algum ponto da evolução da vida — o “Grande Filtro”. Isso pode ocorrer:
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Antes da vida surgir (raridade de abiogênese),
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Durante a evolução de vida complexa (como pode ter sido o caso de Marte),
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Ou após o surgimento de civilizações tecnológicas — ou seja, o filtro ainda pode estar à nossa frente.
Dois cenários são possíveis:
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Somos raros – Já passamos pelo Grande Filtro e estamos sozinhos porque os outros não conseguiram chegar tão longe.
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Estamos em risco – O Grande Filtro ainda nos espera, talvez na forma de colapso ambiental, guerra nuclear ou avanços tecnológicos que escapam do controle.
A partir disso, Marte pode funcionar como um espelho do que poderia acontecer conosco. Se Marte teve vida e a perdeu por causas naturais, isso corrobora a hipótese de que o universo é repleto de vida simples, mas que a transição para civilizações inteligentes é extremamente rara — ou autodestrutiva.
Observação final:
O contexto da fala de Serjão pode variar, mas tudo isso é fruto de décadas de pesquisa, coleta de dados e análise por missões espaciais e cientistas de várias partes do mundo. Marte, hoje, é mais do que um planeta vizinho — é uma peça-chave para entendermos nosso próprio futuro.

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